Polícia Federal prende 8 suspeitos de ataque ao PIX

A Polícia Federal prendeu em flagrante, nesta sexta-feira (12), oito pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa responsável por ataques hacker contra o sistema financeiro nacional. As prisões aconteceram em São Paulo e foram convertidas em preventivas.

Segundo a PF, o grupo é suspeito de desviar recursos do PIX, acessando ilegalmente as chamadas contas de liquidação interbancária, usadas por bancos junto ao Banco Central. Os investigados poderão responder por crimes de organização criminosa e tentativa de furto qualificado por meio eletrônico.

Fraudes bilionárias

Entre o fim de junho e o começo de julho, um ataque hacker invadiu o sistema da C&M Software, vinculada ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), gerando desvios que podem chegar perto de R$ 1 bilhão. Apenas o Banco BMP teria sofrido prejuízos de R$ 479 milhões.

No fim de agosto, outro ataque, contra a empresa Sinqia – que conecta várias instituições bancárias ao Pix – atividades suspeitas foram identificadas e o desvio pode ter chegado a R$ 710 milhões. Destes, R$ 400 milhões teriam sido desviados do HSBC para contas de laranjas.

No começo deste mês de setembro, interlocutores do mercado financeiro comunicaram uma nova tentativa de ataque hacker ao sistema do Pix. Desta vez, a empresa-alvo foi a fintech Monetarie, uma securitizadora que antecipa valores vendidos a crédito. Até o momento, os desvios somariam “apenas” R$ 5 milhões.

Somados, os ataques em série podem ter gerado prejuízo perto de R$ 2 bilhões e ter o envolvimento de facções criminosas. O Banco Central anunciou medidas para o fortalecimento da segurança das transações do sistema financeiro nacional (SFN).

Grupo suspeito de ataque ao PIX

A nova prisão seria contra a mesma organização criminosa já havia realizado as invasões anteriores ao sistema bancário. Segundo apurou o Estadão, a ação desta sexta-feira impediu uma ação que visava a Caixa Econômica Federal e poderia atingir recursos de programas do governo federal.

O plano teria sido frustrado após um gerente da própria Caixa avisar a PF sobre a movimentação suspeita em uma agência no Brás, região central de São Paulo. Segundo a investigação, os suspeitos tentaram obter credenciais para acesso ao sistema do banco. Na mesma operação, a PF apreendeu celulares e computadores.

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.