Dólar opera estável com atenção voltada para dados do Brasil e dos EUA; bolsa recua


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O dólar opera estável nesta quinta-feira (25), subindo 0,02% por volta das 10h15, a R$ 5,3224. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, recuava 0,05%, aos 146.470 pontos.
O dia começa marcado pela divulgação de dados econômicos importantes no Brasil e nos Estados Unidos. Por aqui, saíram projeções do Banco Central e a prévia da inflação de setembro. Lá fora, investidores acompanham revisões sobre o crescimento da economia americana e a variação de preços ao consumidor.
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▶️ Antes da abertura do mercado, o Banco Central divulgou seu relatório trimestral e reduziu de 2,1% para 2% a previsão de crescimento da economia brasileira em 2025. A instituição também projetou o PIB para o ano que vem que, se confirmado, poderá apresentar o menor avanço desde 2020.
▶️ Em seguida, o IBGE apresentou a prévia da inflação de setembro, medida pelo IPCA-15. O índice subiu 0,48% no mês, levemente abaixo do esperado (0,51%). No acumulado de 12 meses, a inflação ficou em 5,32%.
▶️ Nos EUA a agenda também é movimentada, com a divulgação de dados como a revisão do PIB do segundo trimestre e a atualização da inflação ao consumidor (PCE) no mesmo período.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar

a
Acumulado da semana: +0,12%;
Acumulado do mês: -1,75%;
Acumulado do ano: -13,80%.
📈Ibovespa

Acumulado da semana: +0,43%;
Acumulado do mês: +3,58%;
Acumulado do ano: +21,79%.
Relatório de Política Monetária do BC
O Banco Central publicou hoje o relatório de política monetária referente ao terceiro trimestre, no qual revisou para baixo sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, de 2,1% para 2%.
Para 2026, ano de eleições presidenciais, o Banco Central estimou um crescimento ainda mais modesto para o PIB brasileiro: 1,5%. É a primeira vez que a instituição apresenta uma projeção para a atividade econômica do próximo ano.
Segundo dados oficiais, caso se confirme, a projeção de crescimento do Banco Central para o próximo ano será a menor desde 2020, quando houve uma retração de 3,3% devido à pandemia de Covid-19.
A expectativa de menor crescimento do PIB, tanto neste ano quanto no próximo, ocorre em um contexto de manutenção dos juros em níveis elevados, como forma de conter pressões inflacionárias.
IPCA-15 de setembro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial do país, subiu 0,48% em setembro — resultado ligeiramente abaixo das estimativas de economistas, que previam alta de 0,51%.
Com o resultado de setembro, o IPCA-15 acumula alta de 5,32% em 12 meses;
Em 2025, a inflação chegou a 3,76%.
Segundo o IBGE, o principal responsável pela alta foi o grupo Habitação, com destaque para a energia elétrica residencial. Após queda de 4,93% em agosto, o item avançou 12,17% devido ao fim do Bônus de Itaipu, que havia sido aplicado nas faturas do mês anterior.
Para Lucas Barbosa, economista da AZ Quest, a prévia da inflação de setembro trouxe sinais positivos, com destaque para a melhora na composição do índice — especialmente na média dos núcleos, que registra alta de 5,9% em 12 meses.
Segundo ele, embora o nível ainda esteja elevado e acima do teto da meta (4,5%), a combinação entre a perda de ritmo da atividade econômica e o recuo nos núcleos reforça a confiança em um processo de desaceleração.
“[Esse resultado] reforça nossa confiança na trajetória de queda da inflação. Mantemos a projeção de 4,6% para este ano e 4% para o próximo, além da expectativa de corte na taxa de juros a partir de janeiro, com redução inicial de 50 pontos-base, levando a Selic de 15% para 14,5%”, afirma Barbosa.
Bolsas globais
Os índices de Wall Street encerraram o dia em queda, com os investidores ainda cautelosos após os comentários de Jerome Powell. Além disso, o mercado aguarda novos dados econômicos dos EUA, que serão divulgados nesta quinta-feira.
O índice Dow Jones recuou 0,37%, alcançando 46.121 pontos. O S&P 500 caiu 0,28%, aos 6.637 pontos, enquanto o Nasdaq, que reúne empresas de tecnologia, teve perdas de 0,34%, chegando a 22.497 pontos.
As bolsas na Europa fecharam mistas, mesmo com o bom desempenho de empresas do setor de defesa. A movimentação foi impulsionada por declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, que afirmou que a Ucrânia tem condições de recuperar os territórios ocupados pela Rússia.
No fechamento, o STOXX 600 recuou 0,14%, e o CAC 40, em Paris, teve baixa de 0,57%. No Reino Unido, o FTSE 100 avançou 0,29%, enquanto o DAX, da Alemanha, subiu 0,23%.
Por fim, os mercados asiáticos fecharam majoritariamente em alta, com destaque para as bolsas da China e de Hong Kong, que foram impulsionadas por ganhos no setor de tecnologia e por sinais de melhora nas relações comerciais com os EUA.
Na China, o índice de Xangai subiu 0,83%, enquanto o CSI300 avançou 1,02%. Em Hong Kong, o Hang Seng teve alta de 1,37%. Já em Tóquio, o Nikkei subiu 0,30%.
Por outro lado, o índice Kospi, da Coreia do Sul, caiu 0,40%; o Taiex, de Taiwan, recuou 0,19%; o Straits Times, de Cingapura, perdeu 0,37%; e o S&P/ASX 200, da Austrália, caiu 0,92%.
Dólar
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