Governo Lula racha sobre iFood e CLT
O governo federal está dividido sobre a regulamentação do trabalho por aplicativos. Em Brasília, ministros, trabalhadores e empresas não chegam a um acordo sobre remuneração e modelo de contrato, criando um impasse em uma das promessas de campanha do presidente Lula.
Qual o principal ponto do desacordo?
A principal divergência está na forma de remuneração. O ministro Guilherme Boulos defende uma tabela com valor mínimo por entrega e por quilômetro rodado. Já o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, prefere um modelo mais próximo da CLT. Empresas e restaurantes afirmam que a proposta de Boulos encareceria o serviço e reduziria a demanda.
O que propõe o ministro Guilherme Boulos?
Boulos sugere fixar um pagamento mínimo de R$ 10 por entrega, acrescido de R$ 2,50 por quilômetro percorrido. A ideia, no entanto, enfrenta forte resistência das empresas do setor, que argumentam que a medida aumentaria o preço final ao consumidor e, consequentemente, diminuiria o volume de pedidos, prejudicando todos os envolvidos.
E qual a posição do ministro Luiz Marinho?
Luiz Marinho, ministro do Trabalho, defende uma regra mais engessada e alinhada à CLT, que estabelece vínculo empregatício. Ele é apoiado por uma parte dos trabalhadores, que reivindica um pagamento por hora ainda mais ambicioso, de R$ 35, além de mais direitos trabalhistas. A posição dele se choca com a de Boulos e com o desejo da maioria dos entregadores.
O que os próprios entregadores querem?
A categoria está dividida. Uma parte apoia a proposta de Boulos, buscando melhor remuneração sem o vínculo formal da CLT. Outra associação prefere um modelo mais próximo ao de Marinho, com salário por hora e mais direitos. Uma pesquisa Datafolha revelou que 75% dos motoristas e entregadores preferem continuar como autônomos.
Quais os riscos da proposta de tabelamento?
Segundo um estudo do iFood, a proposta de Boulos aumentaria o preço dos pratos em 22% e poderia causar uma queda de 40% nos pedidos. Isso reduziria a renda dos restaurantes e também dos próprios entregadores, que poderiam ter uma queda de até 77% em seus ganhos devido à menor demanda pelo serviço.
Este conteúdo foi gerado com inteligência artificial. Para acessar a informação na íntegra e se aprofundar sobre o tema consulte a reportagem a seguir.
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