Dólar abre em queda, com investidores à espera das decisões de juros no Brasil e nos EUA


Ibovespa bate novo recorde e fecha dia aos 143 mil pontos
O dólar inicia a sessão desta terça-feira (16) em queda, recuando 0,27% na abertura, aos R$ 5,307. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h.
Começam hoje as reuniões dos comitês responsáveis pela definição dos juros no Brasil e nos Estados Unidos. As decisões serão anunciadas amanhã, na chamada Superquarta. No Brasil, o mercado já aposta na manutenção da taxa básica em 15% ao ano. Já nos EUA, a expectativa é de um corte de 0,25 ponto percentual.
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▶️ Na agenda brasileira, o IBGE divulgou hoje os dados da Pnad Contínua, indicando que a taxa de desemprego caiu para 5,6% no trimestre encerrado em julho.
🔎 Esses dados mostram como anda o mercado de trabalho no país e pode influenciar as expectativas sobre os próximos passos do Banco Central em relação aos juros.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar

a
Acumulado da semana: -0,61%;
Acumulado do mês: -1,86%;
Acumulado do ano: -13,89%.
📈Ibovespa

Acumulado da semana: +0,90%;
Acumulado do mês: +1,44%;
Acumulado do ano: +19,27%.
Dólar cai, bolsa sobe
A queda do dólar reflete a expectativa de que o banco central dos EUA (Federal Reserve) inicie, na quarta-feira (17), um ciclo de cortes na taxa de juros. Sob o mesmo cenário, o Ibovespa vem renovando máximas históricas, chegando a operar acima dos 144 mil pontos.
🔎 Os investidores esperam atualmente três cortes seguidos de 0,25 ponto percentual, previstos para setembro, outubro e dezembro.
Segundo Leonel Mattos, analista da StoneX, essa expectativa diminui o interesse pelos papéis do Tesouro americano, já que o retorno financeiro tende a ser menor.
“Isso afasta investidores de fora. Como resultado, o dólar enfraquece e moedas de países com rendimento mais alto, como o real, ganham espaço”, explica.
Apesar disso, o analista destaca que ainda há cautela em relação à decisão que será anunciada na quarta-feira.
Além da definição sobre os juros, o banco central americano deve divulgar suas projeções para os próximos anos, incluindo o chamado “dotplot” — uma ferramenta que mostra como o Fed enxerga o ritmo de cortes até 2027.
“Alguns analistas acreditam que o banco central americano pode adotar uma postura mais cautelosa, com cortes mais distantes entre si — o que poderia fazer o dólar voltar a se valorizar”, afirma Mattos.
Diante desse cenário, o presidente Donald Trump pediu nesta segunda-feira que o presidente do banco central americano, Jerome Powell, faça um corte “mais amplo” na taxa de juros e mencionou o mercado imobiliário em uma publicação nas redes sociais, antes da reunião marcada para esta semana.
Em sua plataforma, a Truth Social, Trump afirmou que Jerome Powell “deve reduzir os juros agora, e em um nível maior do que havia considerado”.
O presidente voltou a se referir a Powell como “muito atrasado”, apelido que usou recentemente por ele não ter reduzido os juros.
Bolsas globais
Em Wall Street, os índices de ações S&P 500 e Nasdaq atingiram máximas históricas nesta segunda-feira, começando a semana com a reunião de política monetária do Federal Reserve em alta, enquanto a Tesla subiu após a compra de papéis da companhia pelo presidente-executivo, Elon Musk.
O índice Dow Jones subiu 0,11%, para 45.884,19, o S&P 500 avançou 0,51%, aos 6.617,71 pontos, e o Nasdaq teve ganhos de 0,94%, aos 22.348,75 pontos.
As bolsas europeias começaram a semana em alta, impulsionadas principalmente pelas ações de bancos. Os investidores estão se preparando para uma série de decisões importantes de bancos centrais ao longo da semana, incluindo os do Reino Unido, Japão, Canadá e, principalmente, dos Estados Unidos.
No fechamento, o índice geral STOXX 600 subiu 0,42%. Em Paris, o CAC-40 avançou 0,92%; em Milão, o Ftse/Mib subiu 1,14%; em Frankfurt, o DAX teve alta de 0,21%. Londres foi a única exceção, com leve queda de 0,07% no índice Financial Times.
Na Ásia, os investidores estão otimistas com as ações de tecnologia da China, mesmo diante de dados econômicos fracos. Além disso, as negociações comerciais entre China e EUA voltaram a ganhar força, o que contribui para o interesse renovado nas empresas chinesas.
Os resultados mostram um cenário misto. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,22%, atingindo o maior nível dos últimos quatro anos. Em Xangai, o índice SSEC caiu 0,26%, enquanto o CSI300, que reúne grandes empresas chinesas, subiu 0,24%. Em Seul, o Kospi avançou 0,35%; em Taiwan, o Taiex caiu 0,46%; em Cingapura, o Straits Times recuou 0,21%; e em Sydney, o S&P/ASX 200 teve queda de 0,13%.
*Com informações da agência de notícias Reuters
Notas de dólar.
Reuters

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