Tesouro Direto: Santander indica papéis para quem quer calma ou adrenalina

Há uma impressão geral de que investir em renda fixa é para quem quer sossego – a adrenalina ficaria para o mercado de ações e só os fortes de coração o encaram. Mas os títulos públicos também podem atrair quem gosta de riscos. É o que indica o Santander (SA:SANB11) em seu último relatório de recomendações do Tesouro Direto.

Segundo o banco, quem é mais conservador deve optar pelo Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035. Sim, é um papel de longo prazo, com vencimento daqui 15 anos. Mas o Santander se justifica, afirmando que “em meio à possibilidade real de juros baixos por mais tempo no Brasil, ainda preferimos exposição ao Tesouro Direto por meio dos títulos indexados à inflação.”

Parece paranoia, após um ano em que a inflação ficou abaixo do centro da meta do Banco Central, mas Renato Chanes, o analista que assina do relatório do Santander, observa que “em um cenário de stress, como observado recentemente, o real provavelmente se depreciará além dos atuais níveis, contribuindo com a deterioração das expectativas futuras para a inflação.”

Entre todos os títulos públicos atrelados à inflação, o IPCA 2035 “oferece a melhor relação risco x retorno atualmente”, segundo o banco.

O Santander indica também opções para os mais ousados. “Para aqueles que busquem maiores retornos, assumindo riscos possivelmente maiores, não nos opomos a estratégias de alongamento dos prazos dos títulos indexados à inflação (vencimentos em 2045 e 2050 disponíveis para a compra no Tesouro Direto).”

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